quarta-feira, setembro 27, 2006

Feira do Jardim da Estrela - 01 e 05 de Outubro 2006


Este é o cartaz da 2ª edição da Feira de Artesanato Urbano, a decorrer no Jardim da Estrela, já no próximo Domingo. A equipa da Arquitexturas está de parabéns porque não só se mobiliza para encontrar novos valores, como em termos de ilustração e, face ao tema proposto ("Era uma vez") surpreende-nos com um excelente cartaz. Quem conhece o Jardim e até quem esteve na 1ª edição com alguma atenção, consegue perceber a mensagem: a árvore tem uma imagem fortíssima, é secular e, a sua raiz enrola-se em espiral como que para o sonho (ou para o infinito!), a menina toca-lhe com os pés mas, olha-nos de frente e em tranquilidade (posição dos braços), por fim, o lagartito parece ser o seu companheiro de estimação ao enrolar a cauda amigavelmente no seu pulso! Uma imagem, três mundos (humano, animal e vegetal), uma mensagem: "Era uma vez..." um mundo de sonho!
Nós (eu mais a Zingarelha do costume) também lá vamos estar!

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terça-feira, setembro 19, 2006

Parabéns, Leonor!



A Leonor tem apenas dois anos e já me tinha pedido uma malinha com uma boneca. Ontem, porque foi o seu aniversário, resolvi inventar esta mala tiracol azul, fechada com botão de madeira (para não se perderem "as coisas", explicou prontamente!). A decorar, uma rodela de lona laranja esfarrapada e uma boneca idealizada por outra menina, pintada aqui numa base de pano crú. A aplicação foi cosida à mão e a bolsa foi forrada. Mede 18x22cm e pode ser feita sob encomenda.

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quarta-feira, setembro 13, 2006

Casa Cláudia de Setembro




O trabalho da Loja do Lagarto, a par das Zingarelhas, tem andado a ser falado por aí. Este mês de Setembro é a Casa Cláudia que mostra o que fazemos, como começámos e qual o nosso rumo. O intuito é agradar sempre aos mais pequenos mas, não deixamos de ter o apoio incondicional dos seus familiares. Obrigada, a todos os que confiam em nós!

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domingo, setembro 10, 2006

Feira do Jardim da Estrela 2



No final do primeiro dia, quando os raios de sol anunciavam o entardecer, a nossa banca ainda tinha este aspecto... haviam ainda produtos para venda! No final da feira, o saldo foi bastante positivo, porque não só fomos mais leves em mercadoria, como soubémos que os nossos produtos viajariam para Toronto, no Canadá; para a Alemanha; para Valência ou Madrid, em Espanha; para Inglaterra e para França; para Itália; para além dos nossos habituais clientes lisboetas.
Fizémos muitas amizades, entre os n/ clientes e os n/ colegas. Entre os clientes destaco o interesse e curiosidade da Carolina, de 9 anos, que connosco quis aprender quase tudo... As mãos hábeis de 3 senhoras reformadas (1 modista, 1 amante do patchwork, e 1 perita em crochet e tricot) que se reviam no n/ trabalho e no de outras colegas artesãs.
Entre colegas foi uma experiência fantástica: revimos a Tália (até lhe comprámos 1 gato porta-chaves!), as 2 meninas Pukacas que nos ensinaram mil e uma coisas sobre a actividade, conhecemos a Carla que faz frioleiras como ninguém, matámos saudades com a Ana Ramos e com a Ana Malha cada vez com ideias mais bonitas e, sinceramente, "está-lhes na veia": não param de dar ao dedo! Depois, foi um tu cá, tu lá com a vizinha da frente, especialista em papel reciclado e outras ideias recicláveis, a Lena Raposo. Adorámos a cerâmica colorida e apelativa da n/ colega de Sintra, e apaixonámo-nos pelo laborioso trabalho da oficina Asas de Seda, do casal de Torres Vedras, ele na madeira, ela nos bonecos de pano. Arregalámos o olho com as malas originais da Mão Maria. Também tivémos a sorte de ter um gentil-homem ao n/ lado, sabedor nas artes do tricot e da costura. A ti Miguel e a todos os que souberam estar nesta primeira realização, por favor, continuem a ter ideias e apareçam para a próxima!
E, por último, não pudémos deixar de reparar que a própria equipa da Arquitexturas sabe também fazer coisas lindas!

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Feira do Jardim da Estrela 1



No fim-de-semana de 02 e 03 de Setembro, eu e a minha colega Zingarelho participámos no "Há festa no jardim", que decorreu no jardim da Estrela, em Lisboa. O local em si, é dos mais aprazíveis, o público é variado e carinhoso e, a organização excelente. À frente do projecto 2 arquitectas e uma jornalista, com a colaboração da Junta de Freguesia da Lapa. Houve selecção criteriosa dos participantes (importância na qualidade), houve sensibilidade em ouvir todos (os artesãos, público), houve vontade de resolver prontamente qualquer problema e vontade de beneficiar próximas realizações.
Aqui na foto, uma Zingarelha sénior e outra júnior em pleno trabalho matinal!

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Festas de Sta. Mª de Agosto 2 - Marvão



Depois da Feira de Artesanato e do calor intenso de um Agosto, de interior alentejano, visitei Marvão debaixo de chuva. Esta é uma vista na direcção NE, ou seja, na direcção de Castelo Branco, onde é visível a imensidão das planícies alentejanas.
De referir a cota de Marvão, tão alta que podemos estar a tocar as nuvens ou como um frade dizia "daqui vemos as aves de mais elevados vôos, pelas costas". Em primeiro plano, o convento de Nª Sª da Estrela, franciscano na origem, é de grande riqueza arquitectónica: desde o gótico original, foi seguido por uma panóplia de estilos, ao longo das épocas construtivas (manuelino, barroco e modernidade). Destaque para o cruzeiro manuelino, no exterior do convento, convidando a população da vila, a entrar pelo monumental pórtico e a visitar a igreja. Hoje, parte serve a Misericórdia e o Centro de Saúde local.

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Festas de Sta. Mª de Agosto 1 - Castelo de Vide


Entre 11 e 15 de Agosto, decorreram em Castelo de Vide, as habituais Festas de Sta. Mª de Agosto. Este é o segundo ano que juntamente com a minha colega Zingarelho rumo a tal destino e, apresento-vos na foto, o aspecto de parte do n/ stand. Aqui revemos bons amigos como o Sr. José Brás, autêntico mestre do saber popular, entre semeaduras e lida do gado, é hoje grande especialista na talha da madeira, expressiva do mundo rural que sempre o cercou. Dedicámo-nos com afinco à prova da doçaria conventual (da qual destaco sempre a sericaia...) confeccionada pelas mãos de excelentes doceiras como a Maria Neves, a D. Luísa, ou a Ana Isabel. Deliciámo-nos com as mãos pacientes da D. Esperança Coelho, exímia no patchwork tradicional (e que apesar do braço ao peito, devido a uma valente queda e, da sua avançada idade, não quis deixar de marcar a sua presença!). Dos vizinhos mais próximos, ficámos surpreendidas com a vitalidade da D. Nazaré, ajudada pela sua filha Paula, num stand muito bonito que demonstra o carinho que têm com a sua arte (arranjos florais, macramé, bijutaria em fimo) e que é um verdadeiro espelho da sua vida. Do nosso outro lado, estava a Telma, de 12 anos, que utilizava a técnica de pintura a café e interpretava de uma forma naif a sua realidade envolvente. De dar os parabéns a todos e pedir para continuarem...
Já agora, em jeito de conclusão, ir a Castelo de Vide não é uma obrigação: é um prazer!
Acredito que neste triângulo Nisa, Castelo de Vide, Marvão (tendo em conta a individualidade de cada localidade) brota naturalmente uma cultura alentejana muito característica e, ao mesmo tempo, muito diversa nas formas e géneros, fruto de muitas vivências/ influências (pré-romanos, romanos, celtas, árabes, feudalismo intenso, com grande apego à ruralidade e ao tradicional). O artesanato local é expressão disso mesmo: a cerâmica com decoração de pedrinhas ou os bordados de Nisa, as pelas (bolas de retalhos) da Póvoa e Meadas, a doçaria conventual ou os azulejos da D. Claudina de Castelo de Vide, os bordados de casca de castanha ou a talha rústica da madeira de Marvão, são apenas alguns exemplos enumerados.
Para estas gentes a manufactura artística está-lhes na alma!

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