domingo, setembro 10, 2006

Festas de Sta. Mª de Agosto 1 - Castelo de Vide


Entre 11 e 15 de Agosto, decorreram em Castelo de Vide, as habituais Festas de Sta. Mª de Agosto. Este é o segundo ano que juntamente com a minha colega Zingarelho rumo a tal destino e, apresento-vos na foto, o aspecto de parte do n/ stand. Aqui revemos bons amigos como o Sr. José Brás, autêntico mestre do saber popular, entre semeaduras e lida do gado, é hoje grande especialista na talha da madeira, expressiva do mundo rural que sempre o cercou. Dedicámo-nos com afinco à prova da doçaria conventual (da qual destaco sempre a sericaia...) confeccionada pelas mãos de excelentes doceiras como a Maria Neves, a D. Luísa, ou a Ana Isabel. Deliciámo-nos com as mãos pacientes da D. Esperança Coelho, exímia no patchwork tradicional (e que apesar do braço ao peito, devido a uma valente queda e, da sua avançada idade, não quis deixar de marcar a sua presença!). Dos vizinhos mais próximos, ficámos surpreendidas com a vitalidade da D. Nazaré, ajudada pela sua filha Paula, num stand muito bonito que demonstra o carinho que têm com a sua arte (arranjos florais, macramé, bijutaria em fimo) e que é um verdadeiro espelho da sua vida. Do nosso outro lado, estava a Telma, de 12 anos, que utilizava a técnica de pintura a café e interpretava de uma forma naif a sua realidade envolvente. De dar os parabéns a todos e pedir para continuarem...
Já agora, em jeito de conclusão, ir a Castelo de Vide não é uma obrigação: é um prazer!
Acredito que neste triângulo Nisa, Castelo de Vide, Marvão (tendo em conta a individualidade de cada localidade) brota naturalmente uma cultura alentejana muito característica e, ao mesmo tempo, muito diversa nas formas e géneros, fruto de muitas vivências/ influências (pré-romanos, romanos, celtas, árabes, feudalismo intenso, com grande apego à ruralidade e ao tradicional). O artesanato local é expressão disso mesmo: a cerâmica com decoração de pedrinhas ou os bordados de Nisa, as pelas (bolas de retalhos) da Póvoa e Meadas, a doçaria conventual ou os azulejos da D. Claudina de Castelo de Vide, os bordados de casca de castanha ou a talha rústica da madeira de Marvão, são apenas alguns exemplos enumerados.
Para estas gentes a manufactura artística está-lhes na alma!

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1 Comments:

Blogger Ana said...

Banca mto bonita! Cheia de novidades! Gostei!

1:10 da tarde  

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